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E,M TECH – CHINA INTENSIFICA ESFORÇOS EM SEGURANÇA DE IA E PROPÕE COOPERAÇÃO GLOBAL

14 Agosto 2025/ Notícias & Artigos/

A China vem acelerando suas iniciativas para consolidar-se como referência na governança global da inteligência artificial. Entre 26 e 28 de julho de 2025, durante a World Artificial Intelligence Conference (WAIC), em Xangai, o país lançou o Global AI Governance Action Plan, um pacote de medidas que vai desde a obrigatoriedade de avaliações de segurança antes do lançamento de modelos generativos até a restrição ou retirada de sistemas não conformes — o plano dialoga com medidas já adotadas internamente, como a remoção de mais de 3.500 sistemas não conformes, realizada pela Cyberspace Administration of China (CAC).

A proposta inclui padrões nacionais e internacionais para mitigar riscos de alto impacto, como uso malicioso em cibersegurança, ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, além de cenários de perda de controle de sistemas avançados. Há ainda a previsão de mecanismos de monitoramento contínuo, alerta precoce e protocolos de resposta emergencial para incidentes relacionados à IA.

Líderes e pesquisadores chineses destacaram a importância de colaboração internacional. Foram defendidas plataformas de avaliação de segurança com reconhecimento mútuo entre países e testes interoperáveis, permitindo que diferentes jurisdições adotem critérios técnicos comuns. A iniciativa também mira o chamado Sul Global, com a proposta de compartilhar produtos, tecnologias e práticas de segurança com países em desenvolvimento.

Especialistas apontam que, embora China e EUA tenham contextos políticos distintos, os riscos e impactos sociais da IA são semelhantes, pois ambos desenvolvem modelos de fronteira com arquiteturas e métodos de treinamento comparáveis. No entanto, enquanto Pequim tem reforçado a regulação e ampliado padrões técnicos, Washington mantém uma política mais branda e, em alguns casos, resistente à criação de novas regras, o que abre espaço para a China ocupar uma posição de liderança nos debates.

A ausência de protagonismo dos EUA em fóruns recentes — inclusive em reuniões a portas fechadas na própria WAIC — resultou no avanço de uma coalizão formada por China, Reino Unido, Singapura e União Europeia para a construção de salvaguardas na IA avançada. Essa aliança propõe cooperação em áreas críticas como segurança cibernética, prevenção de usos biológicos e alinhamento de valores por meio do desenvolvimento e da abertura de modelos de código aberto, estratégia que, segundo alguns especialistas, pode manter o equilíbrio de forças e reduzir riscos sistêmicos.

Ao apostar na cooperação global, a China busca transformar sua visão de governança em um marco de referência, utilizando a segurança como elemento estratégico não apenas para prevenir danos, mas também para moldar os rumos da tecnologia e garantir influência nas regras que definirão o futuro da IA.

Acompanhe o E,M Tech News quinzenalmente, seguindo os perfis do Elias, Matias Advogados no LinkedIn, Instagram e Facebook. Toda sexta-feira, o GT-IA e a área de Inovação e Startups do escritório compartilharão uma notícia atual sobre tecnologia e analisarão seus impactos jurídicos.

Fontes: Inside the Summit Ehere China|China Wants the World to Work Together on AI|China is Taking AI Safety Seriously|China proposes new global.



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