O governo dos Estados Unidos
apresentou o “America’s AI Action Plan”, documento que estrutura a nova
política federal sobre inteligência artificial (IA) em três pilares principais:
inovação, infraestrutura e diplomacia. A estratégia parte da premissa de que a
IA não deve ser “sufocada em burocracia” e orienta os órgãos federais a revisar
e simplificar regras que, na visão do governo, atrasem o desenvolvimento
tecnológico.
No pilar da inovação, o plano
prevê a revisão e a eliminação de normas que dificultem a adoção da IA e
estabelece que produtos contratados pelo governo sejam objetivos e livres de
viés ideológico. Também incentiva o desenvolvimento de sistemas de código aberto
e cria condições para ampliar o acesso a capacidade computacional por parte de
universidades e startups. Uma das medidas mais relevantes é a criação dos
chamados “sandboxes regulatórios”: ambientes controlados em que empresas e
instituições poderão testar sistemas de IA em setores críticos, sob
acompanhamento e regras específicas, antes da aplicação em escala. Esses
ambientes buscam gerar aprendizado prático e acelerar a definição de padrões
técnicos. Além disso, está prevista a elaboração de padrões setoriais em áreas
como saúde, energia e agricultura, e um monitoramento contínuo da adoção da
tecnologia nos EUA e em outros países.
O segundo pilar trata da
infraestrutura necessária para suportar o avanço da IA. O plano prevê a
aceleração de processos de licenciamento para permitir a construção mais rápida
de data centers, fábricas de semicondutores e linhas de transmissão de energia.
Também estabelece prioridade para fontes energéticas confiáveis e inovadoras,
como geotermia avançada e energia nuclear, de modo a garantir a capacidade de
processamento exigida pela tecnologia. Outra frente é a capacitação da mão de
obra e o desenvolvimento de práticas e guias para proteção de sistemas e redes,
reforçando a segurança cibernética.
O terceiro pilar foca na
diplomacia e na segurança internacional. O plano prevê exportar pacotes
completos de soluções de IA — incluindo hardware, modelos e softwares — para
países aliados, fortalecendo a presença americana no cenário internacional.
Também estabelece mecanismos para reforçar os controles de exportação de
tecnologias sensíveis e monitorar riscos relacionados ao uso estratégico dessas
tecnologias.
O plano foi bem recebido pelo
setor privado, que vê a redução de entraves como um estímulo ao crescimento,
mas gera preocupação entre especialistas e organizações da sociedade civil
quanto a temas como privacidade, impactos trabalhistas, riscos éticos e uso de
dados para treinamento de modelos. Com essa estratégia, os Estados Unidos
apostam em velocidade e experimentação como instrumentos para manter a
liderança tecnológica, assumindo que questões regulatórias mais detalhadas
serão discutidas em etapas posteriores. Essa abordagem contrasta com a da União
Europeia, que adota um modelo mais cauteloso e centrado na análise prévia de
riscos antes da liberação de novas tecnologias.
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Fontes: Promoting the export of the American | Trump administration to supercharge al sales | Trump´s new al plan leans | Breaking down trump´s big gift to the al industry | Trump plans to Give Al
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